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Auto-obsessão: fruto do hábito

Publicado em 25 de julho de 2018 por Dr. Alexandre Serafim

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É comum o ser humano culpar o próximo, o destino ou até Deus pelos seus infortúnios. Dificilmente nos reconhecemos como os responsáveis pelos nossos sofrimentos. Outros creem fielmente que são vítimas de um espírito obsessor.

É comum o ser humano culpar o próximo, o destino ou até Deus pelos seus infortúnios. Dificilmente nos reconhecemos como os responsáveis pelos nossos sofrimentos. Outros creem fielmente que são vítimas de um espírito obsessor.

Com os avanços da ciência, fica cada vez mais difícil colocar a culpa em terceiros. Vamos aos fatos!

Na física, o estudo dos elétrons revelou que o observador do experimento pode interferir no resultado, fazendo com que elétrons, ao serem disparados, ora se comportem como ondas e, outras vezes, como uma partícula, ou seja, o simples fato de olhar pode alterar o produto final. Quando dois elétrons são entrelaçados energeticamente e disparados em polos opostos, no momento em que um é estimulado, o outro responde instantaneamente; temos, assim, uma interferência não local. Do mesmo modo, meditadores, quando colocados em meditação conjunta e monitorados por eletroencefalografia, demonstraram mudanças nas ondas cerebrais no mesmo instante em que apenas um deles foi estimulado por uma luz estroboscópica, indicando que esta interferência não local pode estar presente entre as pessoas entrelaçadas para um mesmo fim. Então, o pensamento pode ser uma energia de interferência não local.

Esses fatos, juntamente com vários outros experimentos científicos, têm trazido à tona um novo conceito: o da não localidade, ou consciência não local, um ensaio da ciência em direção à confirmação da existência do espírito. A ciência ainda não tem explicações concretas para esses acontecimentos, mas já se especula que o pensamento possa ser uma energia atuante no meio.

 

A apometria é uma técnica ou um conjunto de técnicas cuja aplicação permite, sobretudo e em linhas gerais, dinamizar reuniões mediúnicas de objetivos variados. 

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O mais interessante é que, em 1958, na primeira publicação do livro Evolução em dois mundos, André Luiz já nos dava explicações sobre esses fenômenos estudados atualmente. Ao descrever a energia do pensamento, que batizou de “mentomagnética”, já estava abrindo um enorme campo de estudo. Juntando as orientações desse livro com as dos livros Libertação e Mecanismos da mediunidade, ambos do mesmo autor espiritual, passamos a observar que não precisamos de “ajuda” para nos prejudicarmos. Nós nos esquecemos das palavras de Jesus registradas em Mateus 6:34 – “Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal”.

Unindo o aspecto espiritual ao científico, temos o pensamento como uma energia que pode atuar sobre a matéria, seja mental ou etérea. Devido à plasticidade de ambas, poderão ser moldadas de acordo com o padrão ou a característica da energia atuante. Dessa forma, de acordo com a intensidade e a densidade dos nossos pensamentos, poderemos moldar essas matérias a ponto de tornarem-se visíveis aos espíritos e aos videntes, o que André Luiz denomina de “formas-pensamento” em suas obras.

Caso nossos pensamentos sejam de característica muito inferior – como ira, rancor, ódio, avareza, vaidade, orgulho, sexualidade, apegos excessivos, desejos irascíveis e tantos outros –, moldaremos nossa matéria mental e a etérea que nos circunda com energias de baixa vibração e alta densidade. Com a perpetuação desse processo, cristalizamos ao nosso redor esses pensamentos, que, por força do hábito, gradativamente se tornam uma realidade para nós. Assim, deixamos de perceber a real verdade para apenas enxergarmos a verdade que queremos. Passamos a acreditar que estamos certos, e os outros, errados. Então, nós nos fixamos em uma forma-pensamento, que, por mecanismo de retroalimentação ou feedback, alimenta ainda mais os pensamentos que nos colocaram nessa posição. Entramos em um ciclo do qual é muito difícil sair. Seria esse o motivo de Jesus ter dito aos seus discípulos: “Vendo, não enxergam; e, escutando, não ouvem, muito menos compreendem” (Mateus 13:13).

Ficamos encapsulados nessa energia criada por nós, cristalizados em nossa própria forma-pensamento. Como na natureza a Lei da Afinidade é um fato, passamos a nos conectar com energias afins, semelhantes à que emitimos. Isso porque estamos mergulhados em um consciente coletivo, em que cada um de nós emite suas energias mentais, projetando-as na matéria etérea que nos circunda. Assim, atraímos o que emitimos, um verdadeiro sinergismo.

Como nossa matéria física também é plástica, ou seja, ajusta-se de acordo com as energias atuantes, passará, com o tempo, a sentir as influências da nossa própria egrégora, assim como daquelas que atraímos por afinidade. Como resultado final, teremos sensações ruins, desagradáveis, mal-estar e, sem encontrarmos uma causa palpável, passaremos a culpar o próximo, seja ele encarnado ou desencarnado.

Lembremo-nos de que o corpo físico nada mais é do que um amontado de átomos, que formam moléculas, as quais, por sua vez, constituem os tecidos e os órgãos.

Sendo os elétrons estruturas integrantes dos átomos e que mudam constantemente seu padrão vibratório de acordo com as energias atuantes, quando descarregamos nossos pensamentos, passamos a interferir no padrão vibratório da nossa própria estrutura atômica. Como resultado, surgem ansiedades, depressão e doenças. Fazemos, portanto, uma autointerferência não local.

Ou seja, não precisamos de um obsessor; nós já nos bastamos.


Dr. Alexandre Serafim, presidente da Associação Médico-Espírita do Vale do Paraíba, é parceiro do Colegiado e ministra o curso Medicina da Alma para os afiliados ao Colegiado de Guardiões da Humanidade.

Leia também:

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Apometria: o que é e para que serve?

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