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Trabalhar fora do corpo com os guardiões, por Pai João de Aruanda

Publicado em 18 de julho de 2019 por Pai João de Aruanda

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Pai João de Aruanda, pela psicofonia de Robson Pinheiro. Louvado seja Nosso Senhor mais um Cristo, meus filhos. Viva Deus, viva Jesus, viva negro-velho Pai João de Aruanda na Terra, com a graça de Deus.

Texto transcrito (com adaptações) de palestra proferida no Encontro Mundial 2018, em 31 de março de 2018.

 

Pai João de Aruanda, pela psicofonia de Robson Pinheiro

 Louvado seja Nosso Senhor mais um Cristo, meus filhos. Viva Deus, viva Jesus, viva negro-velho Pai João de Aruanda na Terra, com a graça de Deus.

Vocês estão felizes, meus filhos? Negro-velho agradece a calorosa recepção para o povo de Aruanda que está neste momento envolvendo cada um de meus filhos. Logo no início, negro-velho quer pedir as bênçãos de Aruanda para os filhos de Terra.

 

Onde negro-velho põe a mão, Deus, que é todo-poderoso, haverá de pôr a bênção. Rogando neste momento aos caboclos de mata virgem, mata fria, puris flexeiros, puris guerreiros, puris de aldeia, que venham cruzando os quatro cantos do espaço, os quatro cantos do corpo dos filhos de Terra, tirando todo o peso, todo o mal e todo o embaraço. Que este negro-velho, Pai João de Aruanda, vai levando com ele para o mar negro, para o mar sagrado, onde não cantam galo nem galinha, nem chora filho de homem batizado. Com Deus vosmecê está, meus filhos, com Deus pode negro-velho continuar, e só Deus que vai confortar.

 

Negro-velho quer se desculpar, porque não se sente habilitado a falar como os verdadeiros oradores. Negro-velho vem meio de mansinho, de banda, de quina, de lado, observando… Mas não sou detentor de um vocabulário à altura dos filhos de Terra, que possa satisfazer o apurado senso intelectual de meus filhos.

Embora, neste momento, negro-velho esteja sendo assessorado aqui, muito de perto, pelo espírito Ângelo Inácio, que negro-velho convidou porque estava envergonhado de falar na frente de tanta gente com as linguagens que eu costumo usar na Aruanda, não é? Aí, Ângelo, um pouco mais rebuscado, falou: “Vamos juntos, Pai João”. E nós dois vamos fazer o que for possível. Agora, dar conta do recado a gente dá, só não pode resolver o problema do médium com as limitações naturais que o médium tem e também com a cabeça dura, porque ele estava sabendo desde antes e estava expulsando Ângelo Inácio e também o Veludo, que o Veludo queria fazer a introdução, e ele falou assim: “Aqui, não! Você não foi convidado para a manhã de hoje. Respeite e sente-se na última cadeira, senão eu te amordaço e te amarro em nome de Jesus ou eu te entrego para os pastores da Assembleia de Deus, que sabem lidar com espíritos iguais a você”.

Se vocês perceberam, ele estava aqui dando uns arranques, uns estrebuchares, brigando com Veludo e mandando ali para os pastores da Assembleia, falando assim: “Eles que entendem, têm especialidade para lidar com espíritos iguais a você”. Mas, uma vez que ele abriu o psiquismo, agora é conosco, não é? É assim mesmo, Ângelo?

Bom, meus filhos, a nossa responsabilidade com a humanidade começa com o próximo mais próximo que está conosco, ou ao nosso lado. Seja na expressão de um agente dos guardiões, seja na expressão da religiosidade tão comum ao povo brasileiro, nesta terra abençoada de Santa Cruz… Qualquer que seja a expressão da sua busca de espiritualidade, há de se convir que não adianta querer ajudar o mundo se você não se ajuda.

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A primeira forma como nós colocamos em prática o chamado dos guardiões, de promover uma reurbanização extrafísica, é que negro-velho costuma dizer — e discutir do lado de cá — que algumas coisas são necessárias antes de a gente se aventurar a querer ir para fora do corpo, porque nós, nesse caso, os encarnados, não estamos vivendo bem dentro do corpo que temos. E é necessário vocês viverem bem com o corpo que vocês têm, porque o corpo é o templo sagrado do espírito. E quando nós não conseguimos viver bem… Quando eu falo do “corpo que tenho”, eu estou falando, entendam-me, do conceito social reencarnatório no qual todos estão inseridos. Porque esta que negro-velho chama de aparente insensatez humana, que é muito comum às pessoas, principalmente às religiosas, de querer fugir do corpo para fazer viagem astral será que não é uma fuga da sua realidade reencarnatória, social? Você quer fugir tanto da sua realidade que acha que pode improvisar, do lado de cá, aquilo que você não consegue viver aí, no corpo. Então, antes de fazer uma viagem para fora do corpo, que tal fazer uma grande viagem para dentro, em sentido contrário?

Já foi dito antes: trabalhar fora do corpo com os guardiões não é um exercício de improvisação, não é algo que alguém aprenda umas técnicas aqui, outras ali e já se ache altamente habilitado a trabalhar naquilo que vocês imaginam ser as guerras espirituais. Porque existe outra guerra em andamento: a guerra interna, que muitos de vocês, meus filhos, estão evitando encarar. O trabalho real, genuíno, com os guardiões — e não aquele que é fruto da invenção e da imaginação de muita gente, imaginação esta muitas vezes doentia, que quer transformar as coisas do lado de cá em mais um conto de fadas, e um conto de romance semelhante àqueles que têm nas bancas de revista de vocês —, a realidade aqui é absolutamente diferente disso que vocês descrevem, acreditam e que está em muito livro espírita por aí.

Que tal vocês fazerem essa viagem e viverem bem nesse contexto social? Se você disser: “Eu quero auxiliar no processo de reurbanização extrafísica, de limpeza, realocamento…”, negro-velho vai responder: “Que tal começar com uma faxina dentro de casa, da casa física?”. Porque tem muita gente com entulho dentro de casa, com coisas imprestáveis, apegada a coisas que há mais de ano não utiliza. Comecem a exercitar a limpeza extrafísica limpando a casa de vocês e, assim, verão que também a casa mental está urgentemente precisando de uma faxina, de uma limpeza energética mental do monoideísmo em que meus filhos, muitas vezes, se veem presos, dos achismos, dos pieguismos, das crenças limitantes, das crenças que massacram a felicidade de vocês. Como? Pelo amor de Deus, me expliquem os oradores, porque negro-velho não tem esse conhecimento. Como uma pessoa infeliz com seu contexto de vida, íntimo, pessoal, pretende sair do corpo para dar lição de moral em espíritos pretendidamente inferiores e arrebanhar multidões de espíritos quando ela própria está carente de uma reforma, de uma reurbanização intrafísica, intramental, emocional? É necessária uma reciclagem das crenças limitantes e das manias que a pessoa traz, não de outras vidas, mas de outra coisa que negro-velho quer dizer, meus filhos, da falta de educação que o nosso povo religioso tem.

Muitos advogam o processo de educação do espírito patrocinado por Eurípedes Barsanulfo, mas, se nós não aprendemos a educação elementar básica, não aprendemos a dizer “obrigado”, “por favor”, “me desculpe”, “com licença”, se você não aprendeu essas coisas básicas, como você pensa em reeducar os espíritos que estão no umbral? Como você acha? Respondam, em nome da Aruanda de Pai João, que negro-velho não consegue entender… Pessoas francamente desequilibradas na área emocional querem sair do corpo para trabalhar com guardiões superiores na reurbanização do planeta Terra enquanto têm um mundo dentro delas.

Meu filho, queremos ajudar o próximo, queremos ajudar nesse processo de transformação da humanidade? Você pertence à humanidade! Comece dentro de si mesmo. Comece respeitando, principalmente, os seus próprios limites. Ninguém é obrigado a fazer aquilo para o qual não está preparado. Há um peso de responsabilidade imputado pela forma religiosa de traduzir os conceitos espirituais que pesa sobre os ombros de meus filhos, alimentado pela escassez do conhecimento genuíno e por um tanto de achismo que vamos, aos poucos, agregando à nossa bagagem interna. Sobre esse processo de reeducação, se nós conseguirmos, ainda na atual encarnação de vocês, fazer essa varredura interna, já estarão ajudando na limpeza do umbral, porque o umbral é a extensão do que está no coração nosso, não é um mundo à parte, não.

Muitas vezes, porque nós não temos condições e o médium também não tem conhecimento, vocabulário para traduzir o pensamento dos Imortais, utilizamo-nos de palavras, de simbologias, de metáforas, para que vocês possam entender palidamente o que tem origem do lado de cá. Mas não pensem vocês que vão encontrar uma realidade igualzinha à de vocês, porque do lado de cá trabalhamos com a força do pensamento, que plasma os fluidos a cada microssegundo, e nada, absolutamente nada parece com aquilo a que vocês estão acostumados. Nada disso. O que se vê nos livros é uma incapacidade momentânea dos médiuns, por falta de vocabulário, de nos traduzir o pensamento original e a realidade primitiva deste mundo além da matéria.

E aí vocês, por não estudarem, por não questionarem os médiuns, não questionarem a nós, espíritos, embarcam em muitas ideias fantasiosas, como se estivessem — qual o nome, Ângelo, por favor? —… como se estivessem lendo um livro de Bianca [Bianca, Sabrina, Júlia são séries de romances inicialmente publicadas nos eua e na Inglaterra, traduzidas e editadas no Brasil pela editora Abril no início da década de 1970.]. Vocês embarcam como se a escrita mediúnica fosse uma telenovela, uma novela, e acham que tudo é daquele jeito. Pelo amor de Deus, meus filhos, vocês têm muito mais conhecimento do que esse negro-velho que está aqui.

A Terra, hoje, tem mais conhecimento do que aquele que negro-velho adquiriu nas suas experiências. Vejamos uma situação: ainda temos na realidade mediúnica de meus filhos aqueles que acreditam que, para negro-velho se manifestar, tem que sentar ainda em um toco, fumar um cachimbo com gosto horrível, um fumo de baixa qualidade, e ficar cuspindo no chão, o que é absoluta falta de higiene, de educação da mais básica. Ora! Negro-velho é negro-velho, mas, pelo amor de Deus, estamos no século xxi. Não tem uma cadeira que negro-velho possa usar aqui, em vez de um toco? E, no meu caso, por exemplo, que nunca usei cigarro nem cachimbo quando eu estava encarnado na última encarnação, eu sou obrigado a usar isso para fazer uma pantomima e os médiuns acharem que tem espírito ali? Percebam como, meus filhos, a falta de conhecimento, a falta de alargar as perspectivas mentais limita o médium e nos obriga a formatar tudo de acordo com a crença dele. Mas, assim que o médium abre essas comportas mentais, nós vamos nos expressando cada vez mais livremente. Isso não ocorre de um momento para o outro.

Tem outra ilusão que… Olha, negro-velho não fala em nome da equipe espiritual; falo em meu próprio nome, dentro da limitação que Pai João de Aruanda tem e também da extrema limitação que o médium tem… Tem muitos cursos por aí hoje em dia, porque está na moda curso disso e curso daquilo, o que transformou a realidade espiritual no mercado de vendilhões do Templo. Negro-velho concorda que, infelizmente, devido à humildade dos nossos irmãos espiritualistas, o povo que está na Terra não consegue dinheiro para erguer as instituições e manter as obras beneméritas. Então, precisa, sim, de recurso quem está na Terra. O espírita precisa fazer as pazes com o dinheiro urgentemente, antes que os centros espíritas de vocês se transformem numa seita, ainda agora, no início do século. E a outra coisa envolvendo tudo isso, meus filhos, é gente querendo sair do corpo e fazer imersões, e fazer isso e fazer aquilo. Ninguém quer voar para dentro de si. Isso se chama fuga, fuga da realidade. E, junto com a fuga da realidade, vocês vão perdendo o zimbo de vocês, o dinheiro, empregando nisso. Aí, depois de 10 anos, 20 anos, 30 anos, vocês estão na mesma situação em que estavam antes.

Sobre o processo, e aí vai a limitação deste negro-velho — e aprendam a questionar médiuns e espíritos, por favor; não aceitem isso como verdade, apenas uma opinião, um ponto de vista de quem está estudando —, eu desconheço, negro-velho desconhece quem, numa idade de 20 anos, 30 anos, 35 anos, consiga consciência plena fora do corpo, como muita gente promete aí nos cursos de fins de semana. Porque há uma necessidade de maturação biológica, de dar tempo para que o cérebro, o sistema nervoso, vá se adaptando, saindo do maia, da ilusão, um processo desipnotizante necessário para que o cérebro, para que a memória celular tenha nela, atualmente registrada, a realidade original.

As pessoas, mesmo aquelas mais avançadas nos processos psíquicos — o que não é o caso de ninguém que está aqui, nem mesmo deste preto-velho que fala para vocês —, somente após a maturação biológica e a maturação consciencial, a libertação da consciência, das amarras, das crenças adquiridas ao longo da encarnação, conseguem relativa liberdade da consciência e relativa lucidez do lado de cá. Em relação à grande maioria daqueles que têm a habilidade de se projetar fora do corpo, os seus mentores sabiamente os envolvem numa redoma para impedir que façam estragos do lado de cá, já que a maioria quer vir aqui para fazer uma viagem de férias, não para ser útil. Se quiserem ser úteis, por que não se habilitam aí, na caminhada de vocês? “Ai, eu sou enviado de Deus”, podem pensar. A distância mais curta entre vocês e Deus é o próximo. A distância mais curta.

Olhem ao lado de vocês. Duvido que a maioria fez amizade, conversou e sabe o nome de quem está ao lado de vocês neste Encontro [Mundial 2018], e querem saber o nome do mentor. Meu filho, há a necessidade de uma maturação não só biológica, mas consciencial. Nós não aprendemos ainda a fazer milagres.

O espírita da atualidade, o espiritualista, adora nomes pomposos. Quando surgiram os primeiros estudos da física quântica, todo mundo deu palestra de física quântica e de espiritualidade. Não entende nem da física elementar, vai entender da física quântica? De onde você tirou isso? Não sei de onde vocês tiraram essa pretensão de entender, no centro espírita, conceitos avançadíssimos de uma ciência que os próprios cientistas estão ainda engatilhando em compreender. E agora ainda querem que nós venhamos auxiliar vocês a darem um salto quântico de espiritualidade. Negro-velho, desculpa, só entende de ponto riscado e cantado, e de um pouco de magia. Negro-velho não é habilitado para isso, meus filhos. De forma alguma. Ora!

Outra coisa é necessária urgentemente. Nós aprendemos isto aqui com o nosso querido Joseph: que o espírita adora nomes pomposos. Títulos, então… Todo mundo é doutor depois que desencarna. Quero saber na hora que Mengele incorporar em alguém e começar a cortar a cabeça do povo aí, abrir o intestino das pessoas… Todo mundo gosta disso tudo… Joseph fala que não se faz ciência espírita acreditando piamente nos espíritos. Qualquer ciência — e a ciência espiritual, sobretudo — se constrói questionando, perguntando. O livro dos espíritos não existiria se não fossem as perguntas e as dúvidas insistentes do codificador.

Como queremos criar uma filosofia e uma ciência espírita aceitando tudo que está no livro, tudo que o médium fala, tudo que o espírito diz, se é que é espírito de verdade? Temos que questionar o tempo inteiro para saber fontes, para entender, para esclarecer, para ver se o processo mediúnico está apurado ou não, porque ele não é constante.

Negro-velho está falando aqui, mas o processo é oscilante; ele não acontece em linha reta. Tem momentos em que o médium consegue transmitir melhor o pensamento de Pai João. Tem outros momentos em que ele não consegue expressar, ou expressa menos de 1%, e essa oscilação interfere no resultado da comunicação, que é aquilo que vocês chamam de ruído da comunicação. Ora! Se isso é uma realidade, como transpor as barreiras dimensionais e fazer nosso pensamento ser traduzido pelo vocabulário limitado da mente humana? Já temos a limitação do lado de cá e, quando a mensagem chega aí, do lado de vocês, chegam menos de 10% do que a gente queria. E aí é necessário o quê? Questionar, voltar para o espírito: “É isso mesmo que você quis dizer? É isso que está escrito aqui?”. Mas, não! A gente quer aceitar tudo, e quem aceita tudo, meus filhos, aceita aquilo que não tem qualidade, porque é muito fácil para o espírito falar um tanto de baboseira aí como se fosse verdade. Negro-velho podia falar um tanto de coisa aqui, mas quem vai dar a cara a tapa? É negro-velho ou é o médium, ou são os responsáveis? Porque, na hora que alguém mover um processo judicial, negro-velho, que é bobo, vai se mandar, porque esse processo não atinge a gente, atinge os médiuns. O médium tem a obrigação de apurar o conteúdo da mensagem, e isso só se faz questionando, questionando, questionando. Isso é ciência! Não se acredita em espírito o tempo inteiro, por mais que o nome dele seja brilhante e figure entre os nomes daqueles benfeitores da humanidade — quanto mais nós, que não fizemos nada pela humanidade; tem que questionar mais ainda!

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Se vocês são guardiões, são agentes, deem o nome que quiserem dar para a situação de busca de espiritualidade de vocês, comecem, primeiramente, questionando. Ajudem-nos, ajudem os guardiões começando a reciclar aquilo que está dentro de vocês, de ensinamento, de pensamento, de forma de pensar. Teremos que repensar a maneira como pensamos as coisas espirituais. Não sei se negro-velho se expressou adequadamente nessa confusão de palavras que está copiando do Ângelo Inácio aqui, mas vamos, como guardiões, colocar os pés firmes no chão. Nós estamos precisando de pessoas que comecem a limpeza energética da Terra dentro dos seus lares. Não é de gente saindo do corpo para fazer lambança do lado de cá e a gente ter que vir consertando os desastres de pessoas que não conseguiram limpar a própria casa e a própria gaveta e estão querendo limpar umbral.

Meus filhos, que tenhamos, neste momento, a consciência da responsabilidade. O mundo começa dentro de nós. É aí que estão precisando reurbanizar, precisando relocar os pensamentos destrutivos, fazer uma faxina e dizer: “Você não vai ficar aqui, porque vamos limpar isto”. Exercite! A vida do lado de cá é o prosseguimento daquilo que vocês estão fazendo aí. Não adianta gente que é ruim, mau-caráter, mal-educada achar que, ao chegar do lado de cá, será uma pessoa bem-resolvida, educada, polida… Não! Vai continuar mal-educada e descarada, e ainda quer dar uma de espírito superior manifestando em médium ignorante que não pode ver um espírito que já fala — porque agora está tudo na moda, não é? —: “Meu mentor é elevado”.

Gente, o seu mentor se chamava apenas João, só José, e o que tem isso? Vocês pintam esses mentores de uma maneira diferente. Sabem por quê? Falta de reciclar o que está dentro de vocês, reciclar as informações de vocês. Preciso urgentemente fazer isso para que, quando — e se — vocês alcançarem lucidez fora do corpo, o trabalho do lado de cá seja apenas um prosseguimento daquilo que vocês estão já exercitando no corpo. Ninguém improvisa espiritualidade.

Na mediunidade, também. Não há como vocês estarem no mundo onde vocês estão cheios de atribulações, de ansiedade, chegarem à reunião mediúnica e, imediatamente, ficarem “zen”. Isso deixa negro-velho “zen” paciência com esses filhos de Terra. Como improvisar em 10 minutos um estado de espírito totalmente diferente, que vocês não tinham o dia inteiro, que não foi exercitado? O exercício dos conceitos de espiritualidade se faz na matéria. Se fosse tudo muito fácil do lado de cá, a gente não quereria reencarnar, não teria uma fila tão grande para voltar para o corpo. Porque é aqui, na vida física, que se provam realmente os conceitos. É aqui, na Terra, meus filhos, no corpo que vocês têm, que os seus mentores poderão dizer se realmente têm o conhecimento que pretendiam quando se manifestavam em vocês. Porque falar como espírito é só teoria. Vamos ver o espírito reencarnando e passando as situações em que ele manda você ter paciência. Será que ele terá a mesma paciência que ele pediu a vocês? Ele terá as mesmas virtudes? É aqui, na experiência social. A reencarnação é uma bênção divina, mas até a bênção pode ser rejeitada. Tem hora que não é a hora de reencarnar.

Negro-velho estava pretendendo reencarnar por volta do ano de 1999/2000, dentro do meu processo de aprendizado. Zarthú chegou e falou assim: “Cuidado, Pai João. Não seja bobo… A coisa na Terra vai piorar muito antes de melhorar”. Porque tem gente que está na ilusão até hoje, que acha que, entrando para o Colegiado de Guardiões, vai salvar o mundo, vai prender os bandidos que são mantidos pela insensatez dos magros negros reencarnados com suas togas flamejantes, que andam pelos corredores da cidade grande. Vocês estão num processo que ainda durará milênios. Como vocês acham que — e aí negro-velho vai criar briga aqui hoje, porque negro-velho não tem trava na língua, mas eu posso soltar a língua mais desde que eu seja polido, com a ajuda do nosso querido Ângelo… Vocês já pensaram como o mundo vai ser renovado em 2019 com os desafios de mais de 1,3 bilhão de chineses com todos os seus desafios, com 1,2 bilhão de indianos, sendo que, entre eles, 90% nunca ouviram falar de espírito, de espiritismo, de Evangelho, de Jesus, e não têm a mínima educação, nem a mais básica, que falta a todos nós? Como solucionar o problema dos maus intérpretes das leis do islamismo? Não estou falando dos povos islâmicos, dos maus intérpretes das leis do islamismo que propagam uma fé cega, fundamentalista. Isso vai se resolver apenas em poucos anos?

O espírita embarca nessa ilusão de que o mundo, daqui a pouco, vai se transformar numa bela terra de primor e cria a ilusão de que ele próprio vai ficar entre os anjos, os arcanjos e os querubins. Só se for nas trevas mais densas do umbral, porque é onde estão, verdadeiramente, os espíritos mais esclarecidos, já que evoluídos não tem na Terra. Temos espíritos mais esclarecidos, mas que trazemos para o lado de cá toda a nossa bagagem, que demanda muitos séculos ainda para ser lapidada.

Não criem a ilusão de que o trabalho de vocês vai resolver os problemas do mundo. Sabe por quê? Porque nem vocês querem resolver esses problemas. No fundo é gostoso ficar com o pecado particular de cada um. No fundo é confortabilíssimo — agora Ângelo arrasou —, é confortável você jogar pedra no outro e dar uma de santo. É muito confortável manter a aparência de santidade diante de outros que também participam do mesmo teatro, da mesma pantomima. Mas, lá fora, será que vocês vão lutar pelo que é certo, pelo que é direito? Por exemplo: negro-velho vê uma filha de Terra que vem de uma cidade longe para ouvir a palavra dos espíritos, dos espíritas, dos abestalhados, de quantos mais querem passar um tempo aqui para vocês aplaudirem daqui a pouco. Mas, uma pergunta, e negro-velho está fazendo uma brincadeira e pede perdão por isto: Vocês sairiam da sua casa para protestar contra a injustiça nas ruas? “Ah, não! Eu tenho problema de coluna, eu tenho problema de fígado, de pâncreas, disso e daquilo outro.” Porque aqui é muito confortável, ficar no ar-condicionado e sentado na cadeira. Eu quero ver se a sua fé é uma fé real, genuína na hora em que se exigir que você faça como os antigos cristãos que saíram rumo à arena e entregaram os seus corpos — não porque fossem heróis, porque não tinham força para lutar contra os decretos do César. Porque todo mundo acha que o seu mentor veio de Roma e que heroicamente enfrentou os leões. Mentira! Se ele conta isso, é mentira! Ele não quer dizer que teve medo, que ele fez xixi, que ele fez cocô, que ele se derreteu de medo, que ele tentou sair e que o estapearam… Ele foi para lá porque ele não tinha como ir contra. A maior parte dos heróis, se não todos, só foi herói por força das circunstâncias, e não pelo heroísmo da sua alma. Quero ver se meus filhos conseguem pôr em prática, agora, o ensinamento do bem, da liberdade, da justiça, da fraternidade, e saindo daqui e indo para a rua, enfrentando as pedradas.

Negro-velho acha, só acha, porque eu não me lembro se vivi nessa época — negro-velho não importa com encarnação passada, porque com certeza não foi boa coisa mesmo, porque, para nego estar aqui sofrendo preconceito mesmo não tendo mais a epiderme negra, já há preconceito, então, é mais confortável eu não lembrar das minhas vidas passadas. Mas negro-velho acha que é necessário ressuscitar as fogueiras. Existe uma bênção inenarrável — do Ângelo Inácio, mais uma vez — nos circos, nas perseguições. Todo mundo fala que está sendo perseguido, mas essa época produziu pessoas valorosas. Não os heróis e as heroínas que vocês acham, mas pessoas que, diante da dificuldade, mostraram uma força bruta da sua fé e do seu valor. Isso é preciso hoje, urgentemente. Ou seja, vocês precisam de desafio. Não para “salvar” vocês, nem para comprar um pedacinho do nosso lado com a propina “espiritualitólica” com que vocês estão habituados. Porque o que vocês fazem é pagamento de propina para o mentor: “Me dá um lugarzinho lá no Nosso Lar que eu faço algumas caridades aqui, cesta básica ali,” como se eles fossem idiotas espirituais.

Meus filhos, a provação, a dor, a luta, a dificuldade tem um papel fundamental na lei, que não é salvar ninguém, redimir ninguém, que isso não redime nada. Mas tem o papel de fazer efervescer a fé daqueles que já a possuem, adubar a fé. É só um adubo, mas quem não possui não vai ter nesse momento. Vai ter é angústia, vai ter dificuldade de lidar com as coisas da vida.

Negro-velho acha que já falou demais nesta parceria entre negro-velho e Ângelo Inácio, que está aqui nos ajudando. Enfim, quando fazemos o convite para ser um agente dos guardiões — podem dar o nome que quiserem: mentores, mestres, embora os guardiões estejam muito distantes desse conceito de mentor —, nós estamos falando de pessoas que não temam fazer a viagem para dentro do ser, que não temam desmascarar-se diante da realidade espiritual, que sejam intrépidas, valorosas, corajosas, porque a vida espiritual genuína é para quem é corajoso. Porque, sinto muito! Se falaram que as coisas são flores como vocês pensam, estão enganados e fizeram propaganda enganosa. A vida espiritual, as lutas com os guardiões para impedir as forças da maldade que estão nos lugares espirituais de fazerem o estrago, começa na matéria. Isto aqui é realidade: campo de batalha espiritual. Não fujam disso. Qualquer outra coisa, isso na opinião de negro-velho, é só uma fuga das responsabilidades de cada um. E negro-velho termina para ceder a palavra a um companheiro, só para pedir a Deus que:

 

Onde Pai João põe a mão, Deus, que é todo-poderoso, haverá de pôr a bênção. Rogando neste momento aos caboclos de mata virgem, mata fria, puris flexeiros, puris guerreiros, puris de aldeia, que venham cruzando os quatro cantos do espaço, os quatro cantos do corpo dos filhos de Terra, tirando todo o peso, todo o mal e todo o embaraço. Que este negro-velho, Pai João de Aruanda, vai levando com ele para o mar negro, para o mar sagrado, onde não cantam galo nem galinha, nem chora filho de homem batizado. Com Deus vosmecê está, meus filhos, com Deus pode negro-velho continuar, e só Deus que vai confortar. E viva Deus, viva Jesus!

 

Muito obrigado pela oportunidade deste negro-velho, mas, se vocês têm amor às suas vidas, questionem negro-velho. Não vim trazer ponto final, vim colocar reticências nas observações dos filhos de Terra. E viva Deus, viva Jesus!

 

 

Encontro Mundial 2018

Guardião Veludo, pela psicofonia de Robson Pinheiro

 

Boa noite para vocês, gente! Quanta coisa…

Boa noite, Mônica [de Medeiros, médica e sensitiva, conferencista do EM2018]! Salve, Veludo na Terra! Vocês estão bons, gente?

“Ninguém pode comigo, mas eu posso com tudo. Na minha encruzilhada, sou eu, Exu Veludo. Ninguém pode comigo, mas eu posso com tudo. Na minha encruzilhada, sou eu, Exu Veludo.”

“Aê, Veludo! Seu cabrito deu um berro, rebentou cerca de arame, estourou portão de ferro.”

Eu fiz isso em homenagem a vocês, a todos vocês que são povo de santo, que estão presentes aqui. Homenageio o povo da raiz de Ketu, de Angola, que está aqui atrás; o povo de Jeje; o povo de Nagô; os representantes da umbanda do saudoso Matta e Silva; os representantes do Alaketu, da saudosa Olga de Alaketu; os representantes de todo tipo de fé.

Por isso que Veludo veio aqui, mas falo para vocês que, para alguns, eu me manifesto daquela forma [sentando-se ao chão], porque é a forma como me interpretam, mas, depois que eu comecei a trabalhar com o chefe que veste branco [Joseph Gleber], eu tenho que ter muito cuidado. É porque aqui é assim: eu estou estudando a medicina para aprender algumas coisas. E olha que eu ainda corto gente errado. De vez em quando, eu ajudo… Sabe o que que é, Mônica [de Medeiros]? Eu vou ajudar uma pessoa e, sem querer, eu trago ela para o lado de cá. Eu falo assim: “Olha! Falhou… Falhou, mas você virou espírito. Você queria tanto que eu te ajudasse… Você está junto de mim agora. Veio me secretariar”. De vez em quando, a gente erra também, sabe gente?

Mas, tirando toda a brincadeira, nós precisamos desenvolver em nós um conceito. Esta segurança pessoal que vocês querem que os guardiões promovam com vocês, ela não existe se vocês não viverem de maneira segura, não desenvolverem um comportamento que nos dê sustentação energética para protegê-los.

Eu costumo dizer que a nossa proteção, Leonardo [Möller, editor da Casa dos Espíritos], não é proteger dos maus espíritos, é proteger a pessoa dela mesma, porque é tanto estrago… A pessoa aprendeu a se estragar ao longo da caminhada e chega perto de nós como se a gente tivesse uma varinha de condão e resolvesse em 2 minutos o estrago que ela vem aprimorando há 30 anos.

Para que um guardião possa trabalhar sustentando essa situação energética, nós precisamos de um combustível, que só vocês têm, que é o comportamento. E eu estou falando não só do comportamento no sentido de deixar de fazer isso, aquilo ou aquilo outro. Não! Isso é questão de pessoas religiosas malresolvidas. É um comportamento mental, comportamento emocional. Sem ele, nós não podemos fazer nada por vocês.

Boa noite a todos! Que o Homem Grande abençoe!

Boa noite para vocês! Eita, coisa boa!

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